sábado, 31 de março de 2012

ÍNDIOS, primeiros habitantes de RO.

                                                            TRABALHO ESCOLAR





             ÍNDIOS, primeiros habitantes de RO.

povo Karitiana, com uma população de cerca de 180 índios, fala a língua Tupi/Arikém, habita a 95 quilômetros ao sul de Porto Velho, numa área de 89.698 hectares. Os primeiros contatos com o não-índio aconteceram no final do século XVII, mas conseguiram se manter no isolamento até o começo do século XX, quando caucheiros e seringueiros acabaram com a grande parte do grupo e mantiveram o restante sob regime de escravidão durante longos anos. A “pacificação” aconteceu em 1932 com a passagem do Marechal Rondon.
A proteção do grupo passou a ser feita pelo antigo SPI (Serviço de Proteção do Índio), que fundou um posto de assistência, atualmente mantido pela Funai.
Os Karitiana viviam perto de Ariquemes, na BR-364. Com o passar dos anos e dada a aproximação do “homem branco”, foram recuando até as proximidades do Rio Candeias, onde estão há, aproximadamente, 32 anos, tendo abandonado a vida nômade em conseqüência de contato.
Apesar do contato de muitos de nos a civilização não índia, o povo Karitiana conserva muitas de suas tradições, como pintura corporal e fácil em ocasiões de festas ou eventos importantes, a música, a dança, o artesanato. Dedicam-se mas à caça que a pesca, mas não saem para caçar quando a esposa esta de resguardo por acreditarem que nesse período podem ser perseguidos por onça ou se perderem na floresta.
Embora utilizem armas de fogo, ainda utilizam o arco e flecha.
Antigamente os Karitiana prensavam a cabeça dos bebês índios até os três meses de idade. Queriam filhos diferentes dos macacos. Na constituição familiar, o povo Karitiana adota a prática da poligamia e casamento entre parentes.
A área indígena Uru-Eu-Wau-Wau está localizada no relevo central do Estado de Rondônia abrangendo os municípios de Guajará-Mirim, Costa Marques, Nova Mamoré, Campo Novo de Rondônia, Monte Negro, Cacaulândia, Governador Jorge Teixeira, Mirante da Serra, Jaru, Alvorada do Oeste, São Miguel do Guaporé e Seringueiras.
Os povos Uru-Eu-Wau-Wau estão linguisticamente classificados no Tronco Tupi, Família Tupi-Guarani, grupo Tupi-Kawahib. São aparentados dos Tenharim e Parintintin, do sul do Amazonas.
Desde 1940 se soube da existência dos lendários Uru-Eu-Wau-Wau, como um grupo arredio que andava por muitas localidades na região central do Estado de Rondônia. Geograficamente esta região tem diversas barreiras naturais como serras e extensas áreas de campo, o que, porém, não tem impedido as constantes tentativas de invasões por parte de posseiros, madereiros e garimpeiros. Ater hoje há uma luta constante dos índios em defesa de suas terras.
Em 1977 foi organizado um plano para tentar contatar com os Uru-Eu-Wau-Wau e interditar sua área. O contrato não havia ainda se realizado e quase nada se sabia a respeito destes índios, além das lutas contra seringueiros e garimpeiros onde sempre morriam muitos índios e brancos. Em 1979 vários colonos assentados pelo Incra, através do projeto Burareiro, dentro da área Uru-Eu-Wau-Wau. Os trabalhos de contato só tiveram êxito em 1980 e 1981, quando uma frente de atração da Funai, liderada pelo indigenista Apoena Meirelles, conseguiu manter os primeiro contatos amigáveis com os índios.
Naquela época o grupo era formado por mais de 800 índios. Os homens usavam pinturas corporais, nas cores preta e vermelha, feitas com tintas fabricadas com o jenipapo e o urucum. Sua única vestimenta era uma espécie de cinturão, bem largo, feito com várias voltas de cipó, em torno da cintura. Cortavam o cabelo em forma de cuia, no alto da cabeça. As mulheres, pequenas e de traços muito delicados, usavam tatuagem no rosto, costume ainda conservado entre as índias.
Depois do contato, em 1981, a população Uru-Eu-Wau-Wau sofreu drástica redução em conseqüência das doenças levas pelos invasores, dos assassinos e do aumento excessivo da incidência da malária.
Atualmente os Uru-Eu-Wau-Wau estão em quatro pequenos grupos. No Posto Indígena do Alto Jamari, vivem cerca de 20 índios. No Posto Indígena do Alto Jaru estão mais 16. No Posto Indígena Jamari vivem cerca de 10 índios e no Posto Indígena Comandante Ari estão 16. a população total é de 62 Uru-Eu-Wau-Wau.
Os povos se dividem em duas metades que recebem nome de aves: Mutum e Arara. A regra básica para a formação da família é através do casamento de um membro da metade Mutum com outro da metade Arara. Antigamente um homem podia casar com mais de uma mulher, mas hoje, como as mulheres estão em número reduzido, muitos rapazes não têm com quem casar.
Os Uru-Eu-Wau-Wau já têm constituída uma associação e começam a lutar pela implantação de escolas em suas aldeias, e também por projetos de alternativas econômicas e de saúde.

Grupos indígenas de Rondônia

Antes da colonização do Brasil, a região onde atualmente está situado o estado de Rondônia, era povoada por índios de diversas tribos. Dentre eles:
- Suruí, Gavião, Cinta Larga, Karipuna, Pakaas Nova, Arara, Kaxarari, Eu-Uru-Uau-Uau, Nhanbiquara e Karitiana.
                         
Caripunas – ocupam o Parque Indígena Karipuna no vale do rio Jaci-Paraná. Estão reduzidos a pequenos grupos arredios.
Pakaás Novos – atualmente o maior grupo indígena em Rondônia, habitam no Município de Guajará-Mirim, sob o controle da FUNAI.
Karitianas – ocupam uma reserva de 57.000 ha. próxima a cidade de Porto Velho.
Tapari, Makurap e Jatobi – vivem nos Postos Indígenas do Rio Branco e do Rio Guaporé, são poucos indivíduos remanescentes destas nações que tiveram próxima a extinção vítimas das ações hostis dos seringalistas.
Kaxacaris – habitam a região limítrofe entre os municípios de Porto Velho e Lábre (AM).
Uru-Eu-Wau-Wau – grupo arredio em fase de contato com a FUNAI, habitam os municípios de Ariquemes e Guajará-Mirim. São provavelmente do grupo tupi.
Cinta Larga – ocupam a área do Projeto Indígena do Roosevelt com 190.000 ha.,  parte integrante da reserva do Parque Indígena do Aripuanã, localizada em terras dos Estados de Rondônia e Mato Grosso.
Suruís – habitam os postos indígenas 7 de setembro e quatorze, no município de Cacoal.
Gaviões – ocupam uma reserva com área de 160.000 hs já demarcada, suas aldeias situam-se às margens dos igarapés Lourdes e Homonios, afluentes da margem direita do rio Ji-Paraná, próximo a cidade de Ji-Paraná. Atualmente mantém contato com a população de Ji-Paraná onde se abastecem no comércio local.
Araras – ocupam a mesma reserva dos Gaviões, hoje em contato pacífico com o homem branco.

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