A confissão de Lúcio
Cumpridos seus dez anos de prisão por um crime que não havia
cometido, nunca havia se defendido, agora almejava fazer sua confissão.
Achava que ninguém iria acreditar na sua confissão, mas nem
se importava. Ele foi considerado culpado pelo assassinato de Ricardo de
Loureiro.
O crime na época era considerado “Um crime passional”, pelos
jornais daquela época.
Ele deixava bem claro que isso não era uma novela, ele
desejava esclarecer os fatos.
Ele assegurava que só dizia a verdade embora que
acreditassem ou não. A confissão era um documento.
Por volta de 1895, não sabia como explicar estava fingindo
que estudava Direito na faculdade de Paris, era vagabundo. Ele tentou sua vida
em meios artísticos com a Gervácio Vila-Nova, que mal conhecia. Gervácio
Vila-Nova estava destinado à falência, mas sua personalidade despertava
curiosidade. Seu corpo era esguio, os cabelos compridos que descobria a testa
ampla e dura, cheio de ternura e beijos sutis. Usava sempre roupas pretas, por
onde passava despertava olhares encantavam as mulheres.
Então o escultor disse a Lúcio:
_ Não sou eu quem possui as amantes, são elas que me possuem.
Numa certa manhã Gervácio entra no quarto de Lúcio e diz:
_ Meu caro Lúcio apresentaram-me ontem, uma Americana muito
interessante. Calcule: uma mulher riquíssima que vive num palácio, imagine você
em plena Avenida
do Bosque de Bolonha. Uma mulher linda. Quem me apresentou foi aquele Americano
de olhos azuis que não recordo seu nome.
Podemos a encontrar
todas as tardes ela costuma ir ao Pavilhão de Armenonville para tomar chá.
Quero que você a conheça vai ver que ela é interessantíssima.
No dia seguinte foram naquele tal restaurante dez minutos
depois entraram no salão três mulheres, cinco homens, das mulheres, duas eram
loiras de corpos bem sexuais, a outra era um sonho misteriosamente bela.
Ela sentou-se sem ruídos, e vendo Gervácio estendeu suas mãos
em direção dos dois e os cumprimenta. Começaram a falar de arte. No fim da
tarde, a Americana e as duas loiras levantam-se e vão embora.
Os dois amigos fazem comentários a respeito do café. Então
Gervácio diz à Lúcio:
_ Aquelas duas loiras que acompanharam a Americana são suas
amantes. É uma grande lésbica.
Passando um mês. Lúcio estava quase esquecendo aquela
mulher, quando o escultor lhe traz um convite para uma festa, ela o admirava
muito.
Confirmaram a presença para as dez horas. No dia da festa
Lúcio e Gervácio conversam sobe Ricardo Loureiro que também havia sido
convidado e que até naquele instante não havia chegado. No mesmo instante
Ricardo chega e logo são apresentados, eles conversam.
Ricardo desperta admiração de Lúcio. Logo a Americana recebe
os convidados mo salão cheio de mulheres trajadas de vestes decotadas e
dançando sexualmente provocando-se entre elas. Surge então uma loira com um
véu, ao deixar-se cair ma piscina cheia e luzes e seu corpo aparece flutuando
em cima das águas.
Os rapazes assustados vão embora. No dia seguinte Lúcio
encontra com Ricardo e comentam sobre a noite anterior. E chegam à conclusão
que o melhor daquilo tudo era
ter si conhecerem.Dois meses depois, Lúcio e Ricardo se
tornaram grandes amigos. Ricardo começa a contar que sua arte, sua escultura
não são apreciadas e diz que não lucrava com suas obras. Sem razão deixou a
Universidade e fugiu para Paris. Diz também que tem horas que pensa em si
suicidar. E declara seu amor por Paris por achar a cidade maravilhosa.
Certa vez em
uma Avenida dos Campos Elíscos, viram duas raparigas gentis e
risonhas e pararam para conversar, mais tarde, à noite resolveram jantar e
Ricardo fala de sua admiração que sente pela intimidade de Lúcio; Diz que não
pode ser amigo de ninguém, porque ninguém realizava seus desejos íntimos.
Após o jantar atravessaram a rua e chegam a uma praça onde
um cego tocava um violino com uma linda canção. Ricardo diz que é a música de
sua vida estragada por um forasteiro.
No dia seguinte se encontram de novo como sempre. Após dez
meses de se encentrarem no fim de 1896,embora
Ricardo sentisse grande amor por paris foi para Portugal-Lisboa, estiveram um
ano separado só comunicavam-se por cartas. Em 1897 Lúcio e Ricardo o esperava
na estação já tinha ma idéia de que Ricardo tinha mudado a fisionomia de seu
rosto e corpo, ele já sabia que ele poderia estar casado, mas o poeta não
tocava no assunto da sua mulher.
Então cegou ma casa de Ricardo e o criado conduziu a sala,
pois a casa era imensa. O nome da esposa de Ricardo era Marta. Então jantaram e
depois foi para o se quarto deitou e dormiu.
Marta era uma mulher linda, loira, alta, escultural ela era
perfeita.
Durante seis meses freqüenta
a casa do amigo. Quase todas as noites tinham artistas ma casa de Ricardo. Enquanto
todos estes artistas que freqüentava a casa de Ricardo conversavam Marta era a
principal da conversa deles.
Sergio um deste artista era um rapaz belo
lindo e loiro. Passaram-se alguns meses e o verão chegou. Ricardo estava
preparando-se para uma viajem a Moruega, mas decidiu ficar em Lisboa.
Ricardo estava trabalhando
muito foi ai que Lucio teve intimidades com Marta. Lúcio encontrou com Sérgio
no Tavares, então Lúcio começou a falar com Sérgio sobre Marta, sobre como ela
era estranha.
Ricardo chama Lúcio para
jantar Marta estava com uma roupa vulgar era para provocar Lúcio. Foram para
casa chegando lá Lúcio vão para o quarto, algumas horas depois Marta vai ao
quarto dele e começa a tira a roupa e Lúcio ficou surpreso e deu em grito Marta para calar
o grito deu-lhe um beijo ,Lúcio deixou-se levar pela tentação.
No dia seguinte Ricardo fala
para Lúcio que estava tendo alucinação sobre a mulher
Ricardo estava feliz com seu romance,
a noite suspirava, como era bom estar com ela, desfrutando de seu corpo esplendido.
Marta amava seu marido, mas não se comentava só com ele. Às vezes Ricardo
desconfiava dela por ser uma bela mulher, mas não conseguia viver longe dela.
Apesar de estarem cansados ele não sabia absolutamente de nada sobre o passado
e nunca se abria com ele sobre suas conversa intimas.
Ricardo e Lúcio eram grandes
amigos, mas não tinham muita intimidade, marta tinha mais intimidade com Lúcio
do com que seu próprio marido. Lúcio e marta se encontravam todas as tardes, até
mesmo ma cosa de Ricardo os dois se encontrava sem nenhum medo de que Ricardo
os descobrisse. Um dia marta desafiou Lúcio para dar um beijo a cada palavra
dita. Ele não queria falar, mas Ricardo insistiu e com o combinado Lúcio teve
que dar um beijo em marta tremendo esticou os lábios deu beijo mas marta não
gostou e pediu que Ricardo ensinasse Lúcio
a beijar .
Estando perto de marta ele não conseguia mais
se controlar. E seus encontros continuavam todas as tardes, lembrava de marta e
de seus beijos e os comparava com as de Ricardo.
Passou um tempo e os três se
afastaram e Lúcio só pensava no passado amoroso que os três viveram. Lúcio
estava desconfiado de marta de ter outro. Imaginava ela tendo quatro homens
ele sofria com isso.Lúcio tentou saber a verdade dela mas quando chegava
perto dela não saia uma se quer palavra pois sua beleza o tentava. Ele saiu em
um domingo de manhã para investigar quem era o amante de marta, caminhando teve
uma surpresa encontrou com Ricardo, o qual queria saber o que fazia àquela hora
de manhã pelo bairro, os dois saíram conversados e Lúcio dando suas desculpas.
Conversando com Ricardo em frente a um prédio verde viu Marta chegando a casa
com um vestido diferente e suas suspeitas aumentavam. Lúcio vai para casa e
adormece, dois dias depois resolve viajar sem avisar ninguém nem mesmo Ricardo.
Outubro de 1900.
Em uma tarde, Lúcio encontrou-se com um empresário que lhe
pediu para que escrevesse uma novela. Assumindo toda despesa da peça.
Quando se despediram, Lúcio no caminho de sua casa pensou em
escrever mais um ato. Escreveu e foi atrás do empresário para mostrar o seu
texto.
O empresário ao terminar o texto diz que a novela seria um
fracasso.
Lúcio pediu o seu texto original e foi embora indignado.
Jogou a sua obra no fogo sem pensar duas vezes.
Passando algum tempo, Lúcio torna-se um vagabundo, saia de
manhã e voltava só à noite. Certa manhã, ele encontra repentinamente com
Ricardo de Loureiro, ele tentou desviar caminho, mas não conseguiu.
Ricardo puxou Lúcio pelo braço violentamente e começou a
falar dos seus sentimentos, chorando:
-Como eu sofri por você! Dedicavas para mim grande parte do
seu afeto... Marta não foi só tua amante e sim de vários outros. Marta era para
mim como minha alma. Nela eu senti o afeto que deveria dedicar a você. Eis o
meu segredo. Pelo teu afeto trocaria tudo, até mesmo o meu segredo. Vem comigo!
Então saíram correndo até a casa de Ricardo. Chegando ao
quarto, Ricardo torce o braço de Lúcio dizendo:
-Ela é toda sua! Mas não concinto que nos separe. Verás!
Ricardo nervoso arrasta Lúcio pelo braço para o quarto onde
Marta estava lendo um livro, no andar de cima. Abrindo a porta surpreende Marta
com um revólver debaixo do casaco. Ouve-se um tiro, então Ricardo cai aos pés
de Lúcio e Marta desaparece misteriosamente.
Inicia-se o mistério da vida de Lúcio.
Lúcio é preso e julgado por crime passional sendo condenado
a dez anos de prisão.
No decorrer dos dez anos percebe que a prisão foi para ele
um descanso.
Para ele os dez anos se passaram rapidamente. Desenvolveu
bom relacionamento com todos até mesmo com os guardas.
Terminando a sua sentença, abre-se a porta do seu cárcere.
Saiu e deu uma olhada para fora. Para ele isso não passava de um simples sono
denso.
Antes não quis relatar a sua experiência. Mudando de idéia
escreveu sua aventura estranha para provar que um inocente muitas vezes não
pode se justificar, mesmo que sua justificação seja duvidosa, porém verdadeira.
Lúcio de Vaz foi preso por dez anos e julgado por um crime
que não havia cometido.
FIM.....