quarta-feira, 20 de junho de 2012

A confissão de Lúcio



A confissão de Lúcio

Cumpridos seus dez anos de prisão por um crime que não havia cometido, nunca havia se defendido, agora almejava fazer sua confissão.
Achava que ninguém iria acreditar na sua confissão, mas nem se importava. Ele foi considerado culpado pelo assassinato de Ricardo de Loureiro.
O crime na época era considerado “Um crime passional”, pelos jornais daquela época.
Ele deixava bem claro que isso não era uma novela, ele desejava esclarecer os fatos.
Ele assegurava que só dizia a verdade embora que acreditassem ou não. A confissão era um documento.
Por volta de 1895, não sabia como explicar estava fingindo que estudava Direito na faculdade de Paris, era vagabundo. Ele tentou sua vida em meios artísticos com a Gervácio Vila-Nova, que mal conhecia. Gervácio Vila-Nova estava destinado à falência, mas sua personalidade despertava curiosidade. Seu corpo era esguio, os cabelos compridos que descobria a testa ampla e dura, cheio de ternura e beijos sutis. Usava sempre roupas pretas, por onde passava despertava olhares encantavam as mulheres.
Então o escultor disse a Lúcio:
_ Não sou eu quem possui as amantes, são elas que me possuem.
Numa certa manhã Gervácio entra no quarto de Lúcio e diz:
_ Meu caro Lúcio apresentaram-me ontem, uma Americana muito interessante. Calcule: uma mulher riquíssima que vive num palácio, imagine você em plena Avenida do Bosque de Bolonha. Uma mulher linda. Quem me apresentou foi aquele Americano de olhos azuis que não recordo seu nome.
  Podemos a encontrar todas as tardes ela costuma ir ao Pavilhão de Armenonville para tomar chá. Quero que você a conheça vai ver que ela é interessantíssima.
No dia seguinte foram naquele tal restaurante dez minutos depois entraram no salão três mulheres, cinco homens, das mulheres, duas eram loiras de corpos bem sexuais, a outra era um sonho misteriosamente bela.
Ela sentou-se sem ruídos, e vendo Gervácio estendeu suas mãos em direção dos dois e os cumprimenta. Começaram a falar de arte. No fim da tarde, a Americana e as duas loiras levantam-se e vão embora.
Os dois amigos fazem comentários a respeito do café. Então Gervácio diz à Lúcio:
_ Aquelas duas loiras que acompanharam a Americana são suas amantes. É uma grande lésbica.
Passando um mês. Lúcio estava quase esquecendo aquela mulher, quando o escultor lhe traz um convite para uma festa, ela o admirava muito.
Confirmaram a presença para as dez horas. No dia da festa Lúcio e Gervácio conversam sobe Ricardo Loureiro que também havia sido convidado e que até naquele instante não havia chegado. No mesmo instante Ricardo chega e logo são apresentados, eles conversam.
Ricardo desperta admiração de Lúcio. Logo a Americana recebe os convidados mo salão cheio de mulheres trajadas de vestes decotadas e dançando sexualmente provocando-se entre elas. Surge então uma loira com um véu, ao deixar-se cair ma piscina cheia e luzes e seu corpo aparece flutuando em cima das águas.
Os rapazes assustados vão embora. No dia seguinte Lúcio encontra com Ricardo e comentam sobre a noite anterior. E chegam à conclusão que o melhor daquilo tudo era
ter si conhecerem.Dois meses depois, Lúcio e Ricardo se tornaram grandes amigos. Ricardo começa a contar que sua arte, sua escultura não são apreciadas e diz que não lucrava com suas obras. Sem razão deixou a Universidade e fugiu para Paris. Diz também que tem horas que pensa em si suicidar. E declara seu amor por Paris por achar a cidade maravilhosa.
Certa vez em uma Avenida dos Campos Elíscos, viram duas raparigas gentis e risonhas e pararam para conversar, mais tarde, à noite resolveram jantar e Ricardo fala de sua admiração que sente pela intimidade de Lúcio; Diz que não pode ser amigo de ninguém, porque ninguém realizava seus desejos íntimos.
Após o jantar atravessaram a rua e chegam a uma praça onde um cego tocava um violino com uma linda canção. Ricardo diz que é a música de sua vida estragada por um forasteiro.
No dia seguinte se encontram de novo como sempre. Após dez meses  de se encentrarem no fim de 1896,embora Ricardo sentisse grande amor por paris foi para Portugal-Lisboa, estiveram um ano separado só comunicavam-se por cartas. Em 1897 Lúcio e Ricardo o esperava na estação já tinha ma idéia de que Ricardo tinha mudado a fisionomia de seu rosto e corpo, ele já sabia que ele poderia estar casado, mas o poeta não tocava no assunto da sua mulher.
Então cegou ma casa de Ricardo e o criado conduziu a sala, pois a casa era imensa. O nome da esposa de Ricardo era Marta. Então jantaram e depois foi para o se quarto deitou e dormiu.
Marta era uma mulher linda, loira, alta, escultural ela era perfeita.
Durante seis meses freqüenta a casa do amigo. Quase todas as noites tinham artistas ma casa de Ricardo. Enquanto todos estes artistas que freqüentava a casa de Ricardo conversavam Marta era a principal da conversa deles.
 Sergio um deste artista era um rapaz belo lindo e loiro. Passaram-se alguns meses e o verão chegou. Ricardo estava preparando-se para uma viajem a Moruega, mas decidiu ficar em Lisboa.
Ricardo estava trabalhando muito foi ai que Lucio teve intimidades com Marta. Lúcio encontrou com Sérgio no Tavares, então Lúcio começou a falar com Sérgio sobre Marta, sobre como ela era estranha.
Ricardo chama Lúcio para jantar Marta estava com uma roupa vulgar era para provocar Lúcio. Foram para casa chegando lá Lúcio vão para o quarto, algumas horas depois Marta vai ao quarto dele e começa a tira a roupa e Lúcio ficou surpreso e deu em grito Marta para calar o grito deu-lhe um beijo ,Lúcio deixou-se levar pela tentação.
No dia seguinte Ricardo fala para Lúcio que estava tendo alucinação sobre a mulher
Ricardo estava feliz com seu romance, a noite suspirava, como era bom estar com ela, desfrutando de seu corpo esplendido. Marta amava seu marido, mas não se comentava só com ele. Às vezes Ricardo desconfiava dela por ser uma bela mulher, mas não conseguia viver longe dela. Apesar de estarem cansados ele não sabia absolutamente de nada sobre o passado e nunca se abria com ele sobre suas conversa intimas.
Ricardo e Lúcio eram grandes amigos, mas não tinham muita intimidade, marta tinha mais intimidade com Lúcio do com que seu próprio marido. Lúcio e marta se encontravam todas as tardes, até mesmo ma cosa de Ricardo os dois se encontrava sem nenhum medo de que Ricardo os descobrisse. Um dia marta desafiou Lúcio para dar um beijo a cada palavra dita. Ele não queria falar, mas Ricardo insistiu e com o combinado Lúcio teve que dar um beijo em marta tremendo esticou os lábios deu beijo mas marta não gostou e pediu que Ricardo ensinasse  Lúcio a beijar .
 Estando perto de marta ele não conseguia mais se controlar. E seus encontros continuavam todas as tardes, lembrava de marta e de seus beijos e os comparava com as de Ricardo.
Passou um tempo e os três se afastaram e Lúcio só pensava no passado amoroso que os três viveram. Lúcio estava desconfiado de marta de ter outro. Imaginava ela tendo  quatro homens  ele sofria com isso.Lúcio tentou saber a verdade dela mas quando chegava perto dela não saia uma se quer palavra pois sua beleza o tentava. Ele saiu em um domingo de manhã para investigar quem era o amante de marta, caminhando teve uma surpresa encontrou com Ricardo, o qual queria saber o que fazia àquela hora de manhã pelo bairro, os dois saíram conversados e Lúcio dando suas desculpas. Conversando com Ricardo em frente a um prédio verde viu Marta chegando a casa com um vestido diferente e suas suspeitas aumentavam. Lúcio vai para casa e adormece, dois dias depois resolve viajar sem avisar ninguém nem mesmo Ricardo.
Outubro de 1900.
Em uma tarde, Lúcio encontrou-se com um empresário que lhe pediu para que escrevesse uma novela. Assumindo toda despesa da peça.
Quando se despediram, Lúcio no caminho de sua casa pensou em escrever mais um ato. Escreveu e foi atrás do empresário para mostrar o seu texto.
O empresário ao terminar o texto diz que a novela seria um fracasso.
Lúcio pediu o seu texto original e foi embora indignado. Jogou a sua obra no fogo sem pensar duas vezes.
Passando algum tempo, Lúcio torna-se um vagabundo, saia de manhã e voltava só à noite. Certa manhã, ele encontra repentinamente com Ricardo de Loureiro, ele tentou desviar caminho, mas não conseguiu.
Ricardo puxou Lúcio pelo braço violentamente e começou a falar dos seus sentimentos, chorando:
-Como eu sofri por você! Dedicavas para mim grande parte do seu afeto... Marta não foi só tua amante e sim de vários outros. Marta era para mim como minha alma. Nela eu senti o afeto que deveria dedicar a você. Eis o meu segredo. Pelo teu afeto trocaria tudo, até mesmo o meu segredo. Vem comigo!
Então saíram correndo até a casa de Ricardo. Chegando ao quarto, Ricardo torce o braço de Lúcio dizendo:
-Ela é toda sua! Mas não concinto que nos separe. Verás!
Ricardo nervoso arrasta Lúcio pelo braço para o quarto onde Marta estava lendo um livro, no andar de cima. Abrindo a porta surpreende Marta com um revólver debaixo do casaco. Ouve-se um tiro, então Ricardo cai aos pés de Lúcio e Marta desaparece misteriosamente.
Inicia-se o mistério da vida de Lúcio.
Lúcio é preso e julgado por crime passional sendo condenado a dez anos de prisão.
No decorrer dos dez anos percebe que a prisão foi para ele um descanso.
Para ele os dez anos se passaram rapidamente. Desenvolveu bom relacionamento com todos até mesmo com os guardas.
Terminando a sua sentença, abre-se a porta do seu cárcere. Saiu e deu uma olhada para fora. Para ele isso não passava de um simples sono denso.
Antes não quis relatar a sua experiência. Mudando de idéia escreveu sua aventura estranha para provar que um inocente muitas vezes não pode se justificar, mesmo que sua justificação seja duvidosa, porém verdadeira.
Lúcio de Vaz foi preso por dez anos e julgado por um crime que não havia cometido.
FIM.....

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