BIOGRAFIA
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Mário de Sá-Carneiro
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Escritor português, natural de Lisboa. A mãe morreu quando Sá-Carneiro tinha apenas dois anos e, em 1894, o pai iniciou uma vida de viagens, deixando o filho com os avós e uma ama na Quinta da Victória,
Matriculou-se na Faculdade de Direito de Coimbra em 1911, mas não chegou sequer a concluir o ano. Iniciou, entretanto, a sua amizade com Fernando Pessoa e seguiu para Paris, com o objetivo de estudar Direito na Sorbone. Na capital francesa dedicou-se, sobretudo à vida de boemia dos cafés e salas de espetáculo, onde conviveu com Santa - Rita Pintor e escreveu, de parceria com António Ponce de Leão, em
Depois de algum tempo passado na Quinta da Victória, voltou a Lisboa, onde conviveu com outros literatos nos cafés, alguns dos quais membros do grupo ligado à revista Orpheu, cujo primeiro número, saído em Abril de 1915 e imediatamente esgotado, provocou enorme escândalo no meio cultural português. No final do mesmo mês, publicou Céu
Como escritor, Mário de Sá-Carneiro demonstra, na fase inicial da sua obra, influências do decadentismo e até do saudosismo, numa estética do vago, do complexo e do metafísico. Aderiu posteriormente às correntes de vanguarda do paúlismo, do sensacionismo e do interseccionismo, apresentadas por Fernando Pessoa. O delírio e a confusão dos sentidos, marcas da sua personalidade, sensível ao ponto da alucinação, com reflexos numa imagística exuberante, definem a sua egolatria, uma procura de exprimir o inconsciente e a dispersão do eu no mundo. Este narcisismo, frustrada a satisfação das suas carências, levou-o a um sentimento de abandono e a uma poesia auto-sarcástica, expressa em poemas como Serradura, Aqueloutro ou Fim, revendo-se o poeta na imagem de um menino inútil e desajeitado, como
Para além das obras já referidas, foi autor da coletânea de contos: Princípio (1912), de que se destaca: O Incesto, e do volume póstumo Indícios de Ouro (1937). As suas Cartas a Fernando Pessoa foram reunidas em dois volumes, em 1958 e
Um pouco mais sobre...
Mário de Sá Carneiro
Mário de Sá Carneiro viveu a
maior parte da sua vida em Paris, onde estudou Direito e onde escreveu a maior
parte da sua obra. Paris sempre foi para Mário de Sá Carneiro uma cidade de
fascínio e foi nela que descobriu o cubismo e o futurismo. Foi com Fernando Pessoa, Luís de Montalvor,
Armando Côrtes Rodrigues, Alfredo Guisado e outros que fundou a revista Orpheu,
vindo esta a ter um papel fundamental na renovação da literatura portuguesa do
século XX. Mário de Sá Carneiro é um dos poetas mais significativos do
modernismo em Portugal. A
sua obra reflete um modo de estar e de sentir repercutido numa insatisfação
constante. A sua busca, a sua procura, radica num desejo estético pela
sublimação do eu.
Mário de Sá Carneiro não soube adaptar se à vida: inadaptado, acabou Suicidando-se se num quarto de hotel em Paris, em 1916.Foi a impossibilidade de equilíbrio emocional que o conduziu ao suicídio. Perante o fracasso do homem, o artista floresceu em beleza e frutificou. A sua obra, aquilo que realmente ele chegou a possuir, ficou e ainda vive.
Mário de Sá Carneiro não soube adaptar se à vida: inadaptado, acabou Suicidando-se se num quarto de hotel em Paris, em 1916.Foi a impossibilidade de equilíbrio emocional que o conduziu ao suicídio. Perante o fracasso do homem, o artista floresceu em beleza e frutificou. A sua obra, aquilo que realmente ele chegou a possuir, ficou e ainda vive.
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