quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Floresta Amazônica: desmatamento causa impactos no planeta

Floresta Amazônica: desmatamento causa impactos no planeta

Depredação gera desequilíbrio ambiental e afeta a rica biodiversidade

 Floresta Amazônica: desmatamento causa impactos no planeta
A maior biodiversidade do mundo espalhada em cerca de sete milhões de quilômetros quadrados – essa é a Floresta Amazônica, que está presente no Brasil, Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa. No país, a área é chamada de Amazônia Legal, com 5.217.423 km², e abrange os Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e pequena parte dos Estados do Maranhão, Tocantins e Mato Grosso. “A Amazônia é de longe o bioma mais diverso do planeta, com 10% de toda a flora. Para se ter uma ideia, enquanto a Amazônia possui 5.000 espécies de árvores, a América do Norte inteira possui apenas 650”, compara Magno Botelho Castelo Branco, doutor em Ecologia e Recursos Naturais e presidente da organização Iniciativa Verde.
 “Com toda essa diversidade de climas, solos, relevos e ambientes distintos, conectados geograficamente ou não, a Amazônia é considerada a maior floresta tropical e maior banco genético do planeta, com mais de 1,5 milhões de espécies vegetais catalogadas, além de três mil espécies de peixes e 950 espécies de aves, e uma rica diversidade de répteis, anfíbios, mamíferos e insetos, muitos deles ainda nem catalogados pelos cientistas”, complementa Adriana Maria Imperador, doutora em Ciências da Engenharia Ambiental e professora da Universidade Federal de Alfenas (Unifal). 
Há ainda muitos “tesouros” guardados na Floresta Amazônica. “É importante ressaltar que, devido a sua extensão, parte de sua biota (conjunto de seres vivos de um ecossistema) ainda não foi identificada, o que aumenta ainda mais sua importância para a biodiversidade mundial”, diz Branco. De acordo com Adriana, muitas destas espécies podem trazer benefícios imensuráveis ao homem, como a cura de doenças, servir como fonte de alimento, para a produção de remédios e cosméticos, além trazer benefícios ecológicos e ambientais.
A Amazônia, segundo a pesquisadora, também apresenta grande diversidade étnica com comunidades tradicionais indígenas, ribeirinhas e de seringueiros, que vivem dos produtos extraídos da floresta e são possuidoras de conhecimento empírico hoje muito valorizado e resgatado por estudiosos do mundo todo.
Desmatamento
Mas por que uma área tão rica em recursos naturais não recebe a proteção adequada e tem o desmatamento como sua maior ameaça? Conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em 2011, a taxa de desmatamento da Amazônia Legal foi de 6.238 km². Já o acumulado de 1988 a 2011 chegou a 392.021 km². “O desmatamento realizado para a agropecuária ainda é a maior ameaça à floresta primária da Amazônia. Isto se deve principalmente ao tamanho das áreas desmatadas para a formação de pastagens e produção de grãos. Intervenções de minerações e de hidrelétricas são mais drásticas, porém a escala é sempre bem menor do que da agropecuária”, explica Niro Higuchi, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).
Para o pesquisador, a exploração seletiva de madeira também representa uma importante ameaça à integridade da Amazônia. “Há uma lógica perversa que indica que os Estados da Amazônia que mais produzem madeira são também os que mais a desmatam”, ressalta.
Branco, por outro lado, acredita que atribuir à criação de gado o papel de grande vilã do desmatamento é injusto. “Outros vetores são também importantes. A pecuária se expande para as áreas de floresta por ser literalmente empurrada para essas áreas, visto que é uma das atividades que menos remunera a terra. Quando ocorreu a expansão da cultura da cana-de-açúcar no Sudeste para a produção de etanol, por exemplo, tivemos um deslocamento da pecuária e de outras culturas para as áreas de terra com menor custo de oportunidade, o que inclui a Amazônia”, esclarece. O desmatamento é uma consequência de várias forças que resultam na ocupação sem planejamento da floresta. “A construção de estradas de rodagem é uma delas, pois as rodovias fomentam o desmatamento ao longo de seus eixos, o que ocorreria em intensidade muito menor se construíssemos ferrovias”, defende.
Já Adriana destaca as origens históricas do desmatamento: “a Amazônia ficou esquecida durante mais de quatro séculos e as populações que habitavam este ambiente permaneceram praticamente isoladas. Durante o governo de Getúlio Vargas (1930-1945), a ocupação foi estimulada por um programa de avanço das fronteiras”, aponta. Somente na década de 1970, expõe ela, a ocupação se deu de forma mais efetiva com a política de “integrar para não entregar”. “Desde então, muitos brasileiros migraram para o norte do país com a intenção de ganhos imediatos à custa da derrubada da floresta. Esta ocupação desordenada repercutiu no desmatamento com vistas à urbanização, à criação de gado e às práticas agrícolas”, destaca.
Impactos
O desmatamento reduz a biodiversidade, causa erosão dos solos, degrada áreas de bacias hidrográficas, libera gás carbônico para a atmosfera, reduz a umidade do ar, causa desequilíbrio social, econômico e ambiental. “A redução da umidade na Amazônia pode reduzir as chuvas na região centro-sul brasileira e até mesmo de outros países. Em 2005, quando a região amazônica sofreu com uma das maiores secas já registradas, o impacto atingiu áreas distantes e acarretou a perda de diversas culturas agrícolas no sul do Brasil e norte Argentina, com um prejuízo incalculável e perdas irreversíveis”, exemplifica Adriana.
Além das questões climáticas, o desmatamento causa também muitos prejuízos para a biodiversidade. “Com a perda de habitat, as espécies desaparecem, e com elas se perdem os serviços ambientais que nos prestam: metade da farmacopeia conhecida tem origem em extratos naturais e em substâncias presentes em diversos seres vivos. Compostos medicinais de origem natural são descobertos regularmente e, como parte da biodiversidade amazônica ainda é desconhecida, estamos perdendo esse patrimônio mesmo antes de conhecê-lo”, lamenta Branco.
Para Higuchi, as emissões causadas pelo desmatamento são irracionais. “Eu diria que o desmatamento na Amazônia contribui com 2/3 das emissões brasileiras. É difícil aceitar estas emissões como racionais porque a Amazônia contribui com menos de 8% na formação do produto interno (ou doméstico) bruto do Brasil”. Branco explica que a Floresta Amazônica se comporta como um enorme reservatório de carbono atmosférico: “Durante o seu crescimento, as árvores removem enormes quantidades de CO2 da atmosfera – metade da biomassa das árvores é constituída de carbono. Com o desmatamento, todo esse carbono é reemitido para a atmosfera, o que contribui ainda mais para o aumento do efeito estufa”, realça.
Como combater
Para coibir o desmatamento, de acordo com o pesquisador do Inpa, é necessário simplesmente cumprir as legislações vigentes. Ele acredita que as ações tomadas até agora não têm sido suficientes por falta de gente para impor as leis. Branco concorda: “As ações tomadas pelo poder público são vitais, mas não bastam. A grande iniciativa do governo consiste nas metas adotadas pela Política Nacional de Mudança do Clima, que prevê a redução do desmatamento para cerca de 20% dos níveis observados no período 1996-2005”, sinaliza. Para ele, é importante que a sociedade exija garantia de origem nos produtos que consome, por exemplo questionando as redes de supermercados se a carne que vendem é oriunda de área de desmatamento ilegal.
Adriana cita medidas adotadas no Acre em que a prática do manejo florestal é uma alternativa ao padrão de exploração dos recursos naturais na região. “Minha pesquisa de doutorado pela Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a Embrapa, abordou aspectos da Certificação Florestal Comunitária para Produtos Florestais não Madeireiros e apontou que é possível desenvolver e ao mesmo tempo cumprir critérios que indiquem uma postura sustentável que seja ecologicamente correta e viável, e socialmente justa”. Ela destaca também a criação de unidades de conservação de uso sustentável, determinada pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC, 2000), que estimula o uso sustentável da floresta. 
Créditos de carbono
Segundo Branco, ações de preservação na Floresta Amazônica podem gerar créditos de carbono. “Já existem alguns projetos demonstrativos em andamento. Em uma escala maior, há diversas propostas de como as empresas e mesmo unidades federativas podem cumprir metas de redução de emissões de carbono em parte financiando projetos que contribuam para a redução do desmatamento na região. Todas essas iniciativas estão em fase preliminar e, em um futuro próximo, teremos boas notícias sobre o assunto”, acredita.
Adriana pontua que a existência da floresta não confere ao Brasil hoje o direito de utilizar este grande mérito como crédito de carbono. “Porém, seria uma estratégia interessante do governo investir na inclusão de suas áreas florestais nessa proposta, pois serviria como incentivo à manutenção da Floresta Amazônica e demais áreas florestais contidas em seu território.” 
Entretanto, Higuchi lembra que, quando o crédito de carbono surgiu como mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL), em 1997, no Protocolo de Quioto, houve grande expectativa para a proteção das florestas tropicais por meio, principalmente, da recuperação das áreas desmatadas. “No entanto, de 1997 até os dias atuais não há nenhum MDL-florestal aprovado na Amazônia. O crédito de carbono funcionou como ‘ouro de tolo’ naquela região”, lamenta. 
Em relação à nova alternativa para proteger as florestas conhecidas como Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (Redd, em inglês), Higuchi defende que são necessários projetos consistentes. “O fracasso do MDL-florestal pode ser atribuído à falta de bons projetos. O mesmo pode ocorrer com o Redd se não houver bons projetos, porque esse mercado é muito exigente. Isso significa a utilização de métodos confiáveis, replicáveis e auditáveis”, finaliza.


          Floresta Amazônica não é o pulmão do mundo

O mito de que a Floresta Amazônica é o pulmão do mundo surgiu associado ao mecanismo de fotossíntese e respiração das árvores, que têm capacidade de absorver o dióxido de carbono (CO2) e liberar o oxigênio (O2). Já o pulmão, ao contrário, absorve o oxigênio durante a inspiração e libera o dióxido de carbono durante a expiração. “Para enterrar de vez este mito, temos que pensar em escala também: na atmosfera há 21% de oxigênio e 0,04% de dióxido de carbono. Por mais que a Floresta Amazônica tivesse uma troca gasosa favorável com a atmosfera, a quantidade seria insignificante”, detalha Niro Higuchi, do Inpa.
“A grande maioria do oxigênio presente na atmosfera é produzida por algas nos oceanos, de modo que a contribuição das florestas em geral para a produção líquida desse elemento é pequena. Mas a Amazônia tem um papel importantíssimo para o clima global, que é a estocagem de enormes quantidades de carbono atmosférico”, acrescenta Magno Branco, da Iniciativa Verde.


Floresta Amazônica


Floresta Amazônica

A floresta Amazônica corresponde a uma cobertura vegetal equatorial que ocupa cerca de 40% do território brasileiro, além de abranger porções dos territórios da Venezuela, Colômbia, Bolívia, Equador, Suriname, Guiana e Guiana Francesa.

No Brasil, a floresta Amazônica ocupa praticamente toda a região norte, especialmente nos estados do Amazonas, Amapá, Pará, Acre, Roraima e Rondônia, além do norte do Mato Grosso e oeste do Maranhão.

Na região da floresta Amazônica o clima predominante é o equatorial, devido à proximidade com a linha do equador, em plena zona intertropical da Terra. Essa característica climática resulta em temperaturas elevadas e altos índices pluviométricos e praticamente não apresenta período de estiagem.

Fatores como calor e umidade são determinantes para explicar a enorme biodiversidade presente na floresta Amazônica.

A floresta em questão aparentemente é homogênea, no entanto, são identificadas certas particularidades vegetativas, além do relevo no qual está estabelecida.

A floresta Amazônica é dividida ou classificada em mata de igapó, mata de várzea e mata de terra firme


Mata igapó compreende uma cobertura vegetal que ocorre nas áreas de relevo suave (planícies) que se encontram às margens de rios, portanto, sofre inundações freqüentes. A mata de igapó possui aspecto de difícil acesso devido à incidência de árvores baixas que não supera 20 metros de altura, além de cipós, epífitas e plantas aquáticas.

Mata de várzea se estabelece em áreas um pouco mais elevadas que as planícies, dessa forma sofrem inundações, no entanto, ocasionais. Em virtude da umidade as árvores possuem alturas que oscilam entre 25 e 30 metros.

Mata de terra firme se desenvolve em áreas que não estão sujeitas a inundações por estarem situadas em relevos mais elevados. Essa característica favorece a proliferação de árvores de grande porte, podendo alcançar até 50 metros de altura. Nesse aspecto vegetativo as folhas das árvores se entrelaçam impedindo a penetração de luz solar no seu interior, por isso não desenvolvem grande quantidade de plantas rasteiras.


Floresta Amazônica

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floresta amazônica - foto aérea
  
Introdução 
Situada na região norte da América do Sul, a floresta amazônica possui uma extensão de aproximadamente 7 mil quilômetros quadrados, espalhada por territórios do Brasil, Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Equador, Suriname, Guiana e Guiana Francesa. Porém, a maior parte da floresta está presente em território brasileiro (estados do Amazonas, Amapa, Rondônia, Acre, Pará e Roraima). Em função de sua biodiversidade e importância, foi apelidada de o "pulmão do mundo".
Conhecendo a floresta 
É uma floresta tropical fechada, formada em boa parte por árvores de grande porte, situando-se próximas uma das outras (floresta fechada). O solo desta floresta não é muito rico, pois possui apenas uma fina camada de nutrientes. Esta é formada pela decomposição de folhas, frutos e animais mortos. Este rico húmus é matéria essencial para as milhares de espécies de plantas e árvores que se desenvolvem nesta região. Outra característica importante da floresta amazônica é o perfeito equilíbrio do ecossistema. Tudo que ela produz é aproveitado de forma eficiente. A grande quantidade de chuvas na região também colabora para o seu perfeito desenvolvimento.

Como as árvores crescem muito juntas uma das outras, as espécies de vegetação rasteira estão presentes em pouca quantidade na floresta. Isto ocorre, pois com a chegada de poucos raios solares ao solo, este tipo de vegetação não consegue se desenvolver. O mesmo vale para os animais. A grande maioria das espécies desta floresta vive nas árvores e são de pequeno e médio porte. Podemos citar como exemplos de animais típicos da floresta amazônica: macacos, cobras, marsupiais, tucanos, pica-paus, roedores, morcegos entre outros. Os rios que cortam a floresta amazônica (rio amazonas e seus afluentes) são repletos de diversas espécies de peixes.

O clima que encontramos na região desta floresta é o equatorial, pois ela está situada próxima à linha do equador. Neste tipo de clima, as temperaturas são elevadas e o índice pluviométrico (quantidade de chuvas) também. Num dia típico na floresta amazônica, podemos encontrar muito calor durante o dia com chuvas fortes no final da tarde.

Problemas atuais enfrentados pela floresta amazônica:
Um dos principais problemas é o desmatamento ilegal e predatório. Madereiras instalam-se na região para cortar e vender troncos de árvores nobres. Há também fazendeiros que provocam queimadas na floresta para ampliação de áreas de cultivo (principalmente de soja). Estes dois problemas preocupam cientistas e ambientalistas do mundo, pois em pouco tempo, podem provocar um desequilíbrio no ecossistema da região, colocando em risco a floresta.

Outro problema é a biopirataria na floresta amazônica. Cientistas estrangeiros entram na floresta, sem autorização de autoridades brasileiras, para obter amostras de plantas ou espécies animais. Levam estas para seus países, pesquisam e desenvolvem substâncias, registrando patente e depois lucrando com isso. O grande problema é que o Brasil teria que pagar, futuramente, para utilizar substâncias cujas matérias-primas são originárias do nosso território.

Com a descoberta de ouro na região (principalmente no estado do Pará), muitos rios estão sendo contaminados. Os garimpeiros usam o mercúrio no garimpo, substância que está contaminando os rios e peixes da região. Índios que habitam a floresta amazônica também sofrem com a extração de ouro na região, pois a água dos rios e os peixes são importantes para a sobrevivência das tribos.

Desastres naturais: culpa do clima ou do homem?

Desastres naturais: culpa do clima ou do homem?

Sociedade e natureza não estão se dando muito bem ultimamente

É comum ouvirmos no noticiário que uma tempestade de neve no norte dos Estados Unidos devastou uma cidade inteira, ou então que um vulcão entrou em erupção no Havaí, um tsunami atingiu a costa da China e um terremoto matou milhares de pessoas nas Filipinas. Mas todas essas catástrofes ambientais acontecem só no exterior ou com o aquecimento global e as mudanças climáticas, o Brasil também tem chances de ser atingido pela fúria da natureza?
Apesar de muitos acharem que não, no Brasil, ocorrem tremores de terra com muita freqüência, principalmente na região centro-oeste. O mais intenso deles, inclusive, chegou a 6,2 graus na escala Richter e matou uma menina de cinco anos. Mas como essas catástrofes podem acontecer se o Brasil está no centro de uma placa tectônica?

Catástrofes naturais também acontecem no Brasil

“O tremor mais forte já registrado no Brasil, em Porto dos Gaúchos (MT), aconteceu em 1995”, relata o especialista em meteorologia dinâmica sinótica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Expedito Ronald Gomes Rebello; “a explicação mais plausível para tal efeito encontrada pelos estudiosos é devido ao grande crescimento demográfico na região, com o aumento do número de pessoas, crescem as construções, prédios e rodovias, tudo isso faz peso sobre a terra, que nem sempre está preparada para receber tantas toneladas. O tremor seria como uma resposta ao dano que causamos para o solo. Hoje, a concentração demográfica da região é muito maior, então dá para se imaginar o que pode acontecer se houver um terremoto igual novamente, e vai haver outro, não sei quando - posso até nem estar mais vivo - mas vai haver”, completa.
Os desastres causados pelo clima não param por aí e o aumento populacional também não é o único motivo porque eles atingirem o Brasil. O aquecimento global, por exemplo, é um fenômeno que altera o ritmo das chuvas e a temperatura ambiente e do solo, além de interferir na umidade do ar.Tudo isso, somado a habitações indevidas em morros levam a uma tragédia, como já aconteceu em Santa Catarina em 2008, que afetou em torno de 60 cidades, matou 135 pessoas, 9.390 habitantes foram forçados a sair de suas casas para que não houvesse mais vítimas e 5.617 ficaram desabrigados.Em 2011, o caso voltou a se repetir, dessa vez no Rio de Janeiro, e os números foram ainda piores, 916 pessoas morreram e a tragédia foi classificada como a maior de todo o país.Ainda podemos contabilizar acontecimentos isolados, principalmente no Espírito Santo e em Minas Gerais que envolvem chuvas, deslizamentos de terras e mais vítimas.
Além da fúria da água, o Brasil presencia outros fatores climáticos. Não temos ainda tsunamis ou vulcões, mas o país é o que mais recebe descargas elétricas por dia. De acordo com o Grupo de Eletricidade Atmosférica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Brasil tem a maior porcentagem de mortos por esse tipo de incidente e é o país que mais sofre prejuízos econômicos em decorrência de tempestades elétricas. Osmar Pinto Júnior, coordenador do Grupo de Eletricidade, relata que o território brasileiro é atingido por 70 milhões de raios por ano, ou seja, de duas a três descargas elétricas por segundo.
As condições extremas que estamos costumados a ouvir na televisão, como a época de seca no nordeste e intensas chuvas no sul também estão mudando. Expedito explica que “o sul não só tem as tempestades, ocorrem alguns anos com extrema estiagem, enquanto o nordeste não tem só seca, mas também períodos chuvosos extremos, em anos de La Niña chove muito no nordeste, por exemplo”.O fenômeno La Niña corresponde ao esfriamento anormal nas águas superficiais do Oceano Pacífico Tropical e algumas de suas consequências no Brasil são: passagens rápidas de frentes frias sobre a região sul, temperaturas ligeiramente baixas no sudeste durante o verão e chegada das frentes frias até a região nordeste.
Alguns termos técnicos
Furacões, tufões, tornados, trombas d’água e hazards são todos termos relacionados à meteorologia, mas esses fenômenos ocorrem no Brasil também?Primeiramente é interessante distinguir os termos, já que muitos os confundem. Expedito Rebello explica que “a formação dos furacões acontece na costa da África, no Oceano Atlântico equatorial, por causa da força de Coriolis se deslocar para os países do Caribe, às vezes chega a atingir a costa do México e sul dos EUA. Os tufões, por sua vez, ocorrem no Oceano Pacífico e atingem as Filipinas, Indonésia, costa leste da Ásia e Japão. Já o tornado é uma coluna de ar giratória, que se desloca a uma velocidade de 30 km/h a 60 km/h em volta de um centro de baixa tensão. Apesar de pequeno, é um intenso redemoinho de vento que ocorre quando uma nuvem em movimento alcança a terra. Quando se forma sobre a água, o tornado é denominado tromba d'água, tem um diâmetro de no máximo 2 km e uma duração rápida de minutos, quando não toca no caho (superfície) é chamado de nuvem funil”.
Quanta a hazard, o pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e especialista em riscos climáticos, Gilberto Rocca da Cunha afirma que “pela sua importância e reflexos sociais e econômicos, deveria ser um termo de domínio popular”. Especialistas na área de meteorologia, contudo, têm dificuldades para traduzir a palavra para o português.O geógrafo e professor da USP, Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro, destacou, em 1991, em um dos seus seminários de pós-graduação, que o termo faz referência aos chamados eventos naturais extremos, que incluem desde os internos, caso dos sismos e vulcanismos, até os atmosféricos.

Existem hazards no Brasil?

Os hazards mais conhecidos envolvem fenômenos atmosféricos, como avalanchas (de neve), secas, enchentes, geadas, granizadas, descargas elétricas, vendavais, tornados e ciclones tropicais. E o que todos eles têm em comum é a interação entre natureza e sociedade.Esses fenômenos, portanto, envolvem uma força humana muito influente, ainda mais se considerar que o mau uso da natureza aumenta a probabilidade de riscos.
A ocorrência de neve no Brasil, no inverno, nos estados do sul, é comum, como em Cambara do Sul, Bom Jesus, São Joaquim, Urubici e Palmas (Paraná). O registro, porém, de avalanches e tempestades de neve ainda não foi feito. “A possibilidade de Tsunami na costa brasileira não é descartada”, afirma Expedito, “nem impossível, pois temos placas tectônicas no meio do Oceano Atlântico, que poderiam se mover bruscamente e gerar uma enorme onda em direção ao litoral; tudo depende de como o homem vai continuar a sua interação com a natureza”.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Floresta Amazônica Fauna e Flora

Floresta Amazônica Fauna e Flora

A floresta amazônica é a maior reserva ambiental do mundo e fica situada ao norte da América do sul, essa floresta tem sua extensão em aproximadamente 7 milhões de quilômetros quadrados e se espalha por territórios do Brasil, Venezuela, Peru, Colômbia, Equador, Bolívia, Guiana e Guiana francesa, mas de todos os países citados a maior parte dela está mesmo no Brasil, como é um local de biodiversidade foi apelidada de “pulmão do mundo”.
Essa se trata de uma floresta totalmente fechada por conter árvores que ficam muito próximas umas das outras, o solo da floresta não é muito rico porque nele só tem uma pequena e fina camada de nutrientes, que existem graças a folhas secas e decomposição de animais mortos. Um dos orgulhos da floresta Amazônica é que quase tudo o que é produzido por ela é aproveitado de forma eficiente, devido à grande quantidade de chuvas o desenvolvimento da mata é perfeito.
Como as árvores da floresta crescem muito próximas acabam por não deixar as vegetações rasteiras crescerem em quantidades maiores, isso ocorre devido à falta de raios solares diretamente no solo e se isso não acontece essas vegetações não conseguem se desenvolver, o mesmo vale para os animais.
A maioria dos animais que vivem nesta floresta não habitam o chão e sim árvores e normalmente são espécies pequenas como cobras, macacos, tucanos, pica-paus, morcegos roedores e muitos outros, conhecidos como animais filhos da Amazônia.
O clima encontrado na região da floresta é equatorial, porque ela fica situada próxima a linha do equador, desta maneira é possível que faça calor durante o dia e chuva a noite, normalmente as temperaturas são sempre elevadas com pouco perigo de frio.
O maior problema vivido na floresta Amazônica é a ganância de algumas pessoas, elas situam suas madeireiras por volta de toda a floresta e devastam para vender troncos de árvores nobres que podem ter milhares de anos, e também a fazendeiros que provocam queimadas em diversos lugares para estender suas áreas de cultivo, principalmente a soja, esses dois problemas preocupam tanto cientistas como ambientalistas, pois desta maneira podem causar o desequilíbrio no ecossistema da área colocando a floresta em risco.
Outro ponto que devemos olhar com atenção é o problema da biopirataria, cientistas estrangeiros que vêm de outros países, entram na floresta e pegam amostras de plantas ou espécies de animais, levando-as para seus países estudando e desenvolvendo substâncias as quais são registradas em seus nomes e desta maneira o Brasil tem de pagar para usar produtos que saem de seu próprio solo.
Há pouco tempo foi descoberto ouro em rios da região principalmente no estado do Pará, e vários rios estão sendo contaminados, os garimpeiros usam a substância mercúrio para conseguir encontrar ouro e isso está matando os peixes e prejudicando índios que vivem na região, pois eles dependem da água para beber e os peixes para comer.

ADOLESCÊNCIA - Por que a mudança de comportamento?

             ADOLESCÊNCIA - Por que a mudança de comportamento?

Que é o que motiva a mudança que se opera no caráter do indivíduo em certa idade, especialmente ao sair da adolescência?
É que o Espírito retoma a natureza que lhe é própria e se mostra qual era. (...)


A adolescência é aquele período situado desde o início da puberdade (aproximadamente 12/13 anos) até atingir o estado adulto.
Quando está na infância, o espírito se acha em gradativo despertar de seu acervo espiritual, arquivado na mente, em um "departamento" (setor) chamado subconsciente (onde todas as experiências das encarnações passadas estão guardadas), período este em que vai adaptando-se à nova encarnação.
Quando a adolescência chega, este processo está completado, e paulatinamente abrem-se as comportas dessa imensa "represa" que é o subconsciente, liberando toda a carga de tendências, instintos, gostos, desejos, ideais, sentimentos, vícios e virtudes que o espírito está trazendo de seu rico passado de experiências multimilenares, criando um torvelinho na razão e no sentimento do jovem, que passará a demonstrar transformações crescentes da personalidade, com mudanças bruscas de comportamentos, atitudes, no seu caráter em si. Os pais então se assustam, muitas vezes não sabendo conviver produtivamente com seus filhos, pois a personalidade do adolescente revela uma expansão das emoções, instabilidade emocional (ora alegre, ora triste, ora entusiasmado, ora desalentado), períodos de revolta, instropecção, meditação, exaltação, um imenso vigor e vitalidade das forças físicas e psíquicas, muito idealismo, e nesta fase inicia-se o despertar da sexualidade, provocando uma alteração brusca na maneira de ver e conduzir a própria vida.
Nossos filhos adolescentes reclamam dos pais mais do que receberam na infância: mais orientação, mais incentivo, mais apoio.
Emmanuel ressalta que "essa fase de existência terrestre é a que apresenta maior número de necessidades no capítulo da direção".
Não são somente aqueles cuidados como na infância, mas também a preocupação de que nossos filhos estejam preparados para os primeiros vôos e para enfrentarem o desafio do mundo que está fora do refúgio doméstico.
Os pais que não aproveitarem ainda os primeiros dias da infância para educar os filhos, aperfeiçoando-lhes o sentimento e o caráter, não terão base para lidarem com os adolescentes em seu lar, pois trabalho educativo deve iniciar-se junto com a chegada dos filhos ao ninho doméstico.
Faz-se necessário a vigilância sobre as tendências de nossos filhos e também sobre nossas atitudes para com eles, a fim de evitar que, em vez de fertilizar as boas sementes, estejamos adubando a erva daninha em seu coração.

SEXO ANTES DO CASAMENTO

                                                      SEXO ANTES DO CASAMENTO

 Ideal seria que não fosse necessário legalizar uma união já abençoada pelo amor; contudo, o casamento, entre nós, criaturas humanas, ainda se faz assinalar pelas explosões do instinto e não pelas manifestações da emotividade superior. Elegemos os parceiros por impulsos sexuais, não pela realidade afetiva. Quando amamos, o sexo entra como complemento, não sendo fundamental. Quando nos deixamos arrastar pelo sexo, o amor aparece como chama terrível de paixão momentânea, que arde na palha do desejo e logo passa . . .
Na área do sexo pré-matrimonial ou do chamado sexo-livre, adotemos o comportamento do respeito à criatura humana. Livre, o sexo sempre foi. A questão é que, biologicamente, necessita-se de um parceiro e com ele se deve assumir a responsabilidade emocional, pois, mesmo na área da sensação, o sexo estabelece vinculações afetivas, e a pessoa eleita deve ser respeitada e mantida na esfera de nossa emotividade. Não basta, apenas, atender à necessidade fisiológica e abandonar o outro como quem deixa um prato servido, após o repasto. O outro pode se afeiçoar a nós e surgirem implicações de natureza cármica. Podemos traumatizar a personalidade do(a) companheiro(a), levando-o ao suicídio. Isto será anotado em nossa ficha cármica. O mal por nós inspirado é de nossa responsabilidade, tanto quanto o bem que produzimos.
Um rapaz, contou-me que foi um pervertido em gênero, número e grau, e mesmo no Espiritismo não conseguia superar as suas más inclinações. Na Casa Espírita encontrou moças insensatas que se lhe vincularam, até que a consciência lhe disse: “Basta”.
Depois de desencaminhar tantas moças, o rapaz venceu, apesar do número de jovens sonhadoras e levianas que ainda se atiravam nos seus braços. Ele fez um trabalho de reeducação. Porque o sexo tem o seu departamento próprio – o genésico – mas hoje a mente das pessoas está no sexo; é a cabeça sexual.
O estômago, quando se come demais, tem indigestão. Qualquer órgão de que se abusa, sofre o efeito imediato. O problema do sexo é a mente. Criou-se o mito que a vida foi feita para o sexo, e não o sexo para a vida. Depois da revolução sexual dos anos 60, o sexo saiu do aparelho genésico e foi para a cabeça. Só se pensa, fala respira sexo. E quando o sexo não funciona, por exaustão, parte-se para os estimulantes, como mecanismos de fuga, o que demonstra que o problema não é dele, e sim, da mente viciada. Se o problema fosse do sexo, as pessoas ‘saciadas’ seriam todas felizes, o que, realmente não se dá. Ou a criatura conduz o sexo, ou este a arruína. Ou se disciplina o estômago, ou se morre de indigestão.
Tenho aprendido, com a experiência pessoal e com a adquirida em nossa comunidade, que o sexo antes do casamento constitui um mecanismo de desequilíbrio. Mesmo porque, com tanto sexo antes do casamento, já não se faz necessário casamento depois do sexo. É perfeitamente natural, embora não justifique nem estimule que a pessoa, num arrebatamento afetivo, em um momento, realize uma comunhão sexual. Não encaro isso como escândalo, porque o sexo, como qualquer departamento orgânico, é setor de vida. O que me parece grave, é que a esse momento de arrebatamento se sucederão outros, como a sede de água do mar, que, quanto mais se bebe mais sede se tem. Vemos casos de frustrações sexuais terríveis, de neuroses, psicoses, porque as pessoas foram traídas nos seus sentimentos profundos, pelo abandono a que foram relegadas.
A sugestão ao jovem espírita é a atitude casta. Uma atitude casta não quer dizer isenta de comunhão carnal, mas sim, de respeito, de pureza. Colocar o sexo no lugar e o amor acima do sexo, que moralizado pelo amor, sabe-se quando, como e onde atuar. Quando mencionamos castidade, não nos referimos à abstinência total e absoluta, mas ao respeito. Um casal que se respeita vive castamente.
Portanto, quando se ama, não se atira o outro na ruína. O sexo, antes do matrimônio, deve ser muito bem estudado, porque, sob a alegação de que se ‘tem necessidade’ dele, não se o torne vulgar. Cada consciência eleja para o próximo o que gostaria que o próximo elegesse para si. Quando Deus colocou a cabeça acima do sexo foi para que ela o conduzisse e não esse a dirigisse. Há quem alegue que "a carne é fraca", mas na verdade "fraco é o espírito", já que é ele que está no controle de tudo.
Vemos nos veículos de comunicação, o sexo transformado em atividade tão trivial como pentear o cabelo ou cortar as unhas. Aliás, cortar unhas não é brincadeira. São vinte dedos. O indivíduo acha que tem que ter vinte experiências por mês; outros há que tem quarenta. Ficam exauridos fisiológica, psicológica e estruturalmente. Sempre insatisfeitos.
Por isso, sugerimos aos jovens a forma como encontrar saúde e paz:
amem, e o amor dirá o que fazer. Se tiverem o sexo pré-conjugal, procurem honrá-lo através do matrimônio.


A ética do aborto

A ética do aborto
Abortamento é, segundo uma definição obstétrica, a perda da gravidez antes que o embrião e posterior feto seja potencialmente capaz de vida independente da mãe. O processo é também chamado aborto, embora em termos científicos esta palavra designe o resultado da ação.
No Brasil, está legalizado em determinados casos: se não houver outro meio de salvar a vida da gestante, se a gravidez resultar de estupro e a futura mãe desejar interrompê-la, os médicos poderão praticar um aborto sem serem punidos (artigo 128 do Código Penal). Fora esses dois casos, trata-se de um crime previsto por lei, e nisso está incluído o abortamento voluntário.

Mas que bases são utilizadas pra determinar algo como criminoso ou não? Até que ponto as questões morais servem como embasamento para regrar a sociedade? A ética em torno de questões como o aborto, geralmente vêm permeadas por influências religiosas. As igrejas cristãs, por exemplo, sejam católicas ou protestantes, fundamentam suas doutrinas no ponto crucial do respeito à vida humana, da igualdade de todos perante a Deus, por isso, o feto também já seria considerado como ser vivo e não poderia ser morto. As descobertas científicas do século XX não foram assimiladas pela teologia. A maioria dos estudos conhecidos nessa área datam das últimas décadas, porque até então a força da Igreja católica era maior e impedia que verbas fossem aplicadas em pesquisas nesse setor da ciência, por receio que as inovações pudessem ir contra as leis divinas.

Além do que, partindo já desde os primórdios da humanidade, a mulher sempre foi inferiorizada, sendo culturalmente educada para se casar e ter filhos, como objetivo máximo a ser alcançado. Apesar de muito dessa repressão já estar sendo m
odificada, ainda restam traços marcantes, como o fato de a mulher ser obrigada perante a lei, a Igreja e os valores morais e éticos, a ter um filho quando esse já está sendo gerado, mesmo que ela saiba que talvez não tenha condições financeiras e/ou psíquicas de educar uma criança nesse período.
O controle pelas mulheres de sua reprodução representaria um poder político importantíssimo; dessa forma, só colocaram filhos no mundo quando a maternidade não as impedisse de ser economicamente independentes e quando julgassem ter tempo disponível para a criação de um bebê.

No entanto, as leis brasileiras (porque em alguns países de primeiro mundo como a Alemanha e Estados Unidos, o aborto é liberado), ao proibirem o abortamento, acabam induzindo milhares de mulheres a recorrerem á clínicas clandestinas privadas, onde muitas vezes são submetidas a métodos anti-higiênicos. Algumas morrem e grande parte delas chegam de urgência aos hospitais. A questão é que em um momento de desespero, frente à uma mudança brusca do ritmo de vida, pretensões futuras ou dificuldades financeiras, independente da lei, da ética ou do que quer que seja, grande parte das mulheres acabam pensando em abortar e muitas só não o realizam por medo de que a finalização da gravidez não seja efetivada de maneira concreta podendo causar ainda um filho com problemas físicos e/ou mentais.

Certas questões éticas a esse respeito surgem a todo o momento. Por que os bebês de proveta seriam permitidos então? Os cientistas reimplantam diversos óvulos fecundados em cada tentativa para tentar engravidar uma mulher, a fim de aumentas as probabilidades de acerto. Se a Justiça considera um atentado à vida o aborto voluntário, por que não considera criminoso o cientista que obtém “seres vivos” sabendo de antemão que uma alta porcentagem deles vai “morrer”?

Talvez porque mais uma vez iremos nos deparar com questões repressoras, onde a mulher muitas vezes é considerada apenas uma “incubadora” para os filhos. Dessa forma, quando é para abortar, a finalização do óvulo é considerado crime, no entanto, quando é para manter o que a sociedade impõe ao seu papel, a gravidez, tal recurso é permitido.

A abordagem utilitarista não reconhece valores morais individuais, encaixando-se na proposta desse artigo, que propõe uma defesa ao ato do aborto.

A ética utilitarista representa uma das mais influentes teorias no campo da Filosofia Moral Contemporânea. Trata-se de um interlocutor obrigatório em qualquer estudo específico sobre esta temática. Por isso, toda tentativa de rediscussão e redefinição dos conceitos morais existentes requer a priori uma tomada de posição em relação às idéias colocadas por esta linha de pensamento. Os postulados dessa ética utilitarista são bem conhecidos. Na verdade, o ponto de partida pode ser indicado por aquilo que se denomina principio da utilidade, a ser formulado da seguinte maneira: uma ação é uti e, portanto justa, ética e correta, quando traz mais felicidade do que sofrimento aos atingidos. Deste modo o prejuízo de alguns poderia ser justificado pelo benefício de outros, desde que estes estivessem em maior número (cálculo de maximização do bem).

Para refletir se o aborto é permissível, o utilitarista não se preocupa com questões como o direito da mulher sobre o seu corpo ou sobre o direito à vida do feto. A questão primordial nessa corrente filosófica é apenas saber se o ato de abortar afeta o bem estar dos envolvidos.

Como o feto não é considerado como dotado de bem-estar, portanto não tendo nenhum interesse envolvido, fica evidente que esses não possuindo um estatuto moral, abortá-los é totalmente ético e permissível. Sendo assim, o utilitarista define que a destruição de um feto não senciente, longe de ser equiparável ao homicídio, está na mesma categoria moral que a destruição de um vegetal.

A ética utilitarista não acredita na universalidade da moral, propondo que todo o debate que surja nesse sentido, sempre estará impregnado de uma subjetividade pessoal e única do indivíduo. Dessa forma, o utilitarismo refere-se a um raciocínio ético, devido a possibilidade de justificarmos nossos atos através de percepções individuais. No entanto, toda opinião formada está imersa em um caráter universal. Segundo esse raciocínio, surge a necessidade de uma ética utilitarista, pois essa traria juntamente uma consideração pelo interesse dos outros. Segundo ALVES, a conjugação dos meus interesses com os dos outros faria surgir então o inevitável cálculo da maximização dos benefícios e minimização dos prejuízos. Portanto o utilitarista seria a ética mínima, dentro da pretensão da universalidade inerente ao raciocínio ético.

Partindo desses pressupostos, a ética do aborto, segundo a proposta desse artigo, está construída segundo a história de vida do indivíduo. No entanto, estará sempre impregnada de uma visão social, internalizada desde a infância. São estruturas de pensamento aprendidas já na escola e que de acordo com Pascal apud Morin, acabam comandando o nosso discurso inconscientemente.
O equilíbrio, dentro dessa perspectiva, seria a defesa do ato do abortamento, visto que assim beneficiaria tanto a mãe, aquela que no momento não pretende ter um filho, quanto a sociedade brasileira, onde a população cresce em um ritmo demasiadamente acelerado. O aumento excessivo e descontrolado da população é a principal causa da miséria no país. Seria desumano apresentar mais um ser à sociedade, sem que ele tivesse acesso à saúde, habitação, alimentação e disposição dos pais para criá-lo, assegurando-lhe uma condição no mínimo digna de vida.

Sendo assim, fica evidenciado a meu ver, que àqueles que lutam pelo direito à vida do embrião, acabam por negar a existência dos direitos humanos adquiridos pela mulher muito antes da existência do feto. Feto este que só teria uma vida digna e justa se tivesse um investimento bio-psiquico por parte dos pais, caso contrário, seria injusto tanto com a criança quanto com a sociedade, dispor de mais um ser humano sem condições suficientes de sobrevivência. A ética utilitarista vem nesse sentido auxiliando o entendimento da questão e propondo diversos argumentos lógicos nesse sentido. A legalização do abortamento simplesmente daria o direito a cada um escolher o que é melhor para si, ao contrário de uma imposição de lei que possa causar grandes transtornos no futuro, tanto para a mãe, quanto para a criança.

                                          

sábado, 1 de setembro de 2012

Agricultura de Israel

Agricultura de Israel

A Agricultura em Israel é um dos aspectos econômicos mais desenvolvidos. Israel é um grande exportador de produtos hortícolas e frutícolas, e líder mundial em pesquisa agrícola, apesar de sua geografia extremamente hostil à prática das atividades agrícolas. Mais da metade do país é composta de solos desérticos, com pouquíssima incidência pluviométrica e um clima hostil. Apenas 20% das terras de Israel são aráveis[1].
A agricultura representa 2,5% do PIB total e 3,6% das exportações[2]. Enquanto os trabalhadores agrícolas israelenses representam apenas 3,7% da força de trabalho interna, eles produzem 95% dos produtos naturais consumidos dentro de Israel. Os 5% restantes são complementados com importações de cereais, sementes oleaginosas, carne, café, cacau e açúcar.
Israel possui dois tipos exclusivos de comunidades agrícolas, o kibbutz e o moshav. Ambos os sistemas foram desenvolvidos nos primórdios da imigração judaica para a antiga Palestina, no século XIX, e serviram como atrativos para o estabelecimento dos colonos que fundaram o moderno Estado de Israel a partir de 1948.

Atualidade

A importância da agricultura na economia de Israel tem decrescido ao longo do tempo, representando valores decrescentes do PIB. Em 1979, a agricultura foi responsável por pouco menos de 6% do PIB, em 1985, 5,1%, e hoje, 2,5%. Em 1995, existiam 43000 unidades de exploração agrícola, com um tamanho médio de 13,5 hectares. 19,8% destas tinham menos que um hectare, 75,7% possuíam 1-9 hectares, 3,3% tinham entre 10 e 49 hectares, 0,4% tinham entre 50 e 190 hectares, e 0,8% eram maiores que 200 hectares. Dos 380000 hectares cultivados em 1995, 20,8% estavam sob cultivo permanente e 79,2% em cultivo em rotação.

Tipos de cultivo

A maior parte da agricultura de Israel é baseada em princípios cooperativos, criados no final do século XIX e que evoluiu até sua forma atual ao longo do século seguinte[2]. Israel é o berço de duas formas exclusivas de assentamentos agrícolas: o Kibutz (plural “kibutzim”) – comunidade coletiva em que os meios de produção, responsabilidades e lucros são de propriedade geral; e o Moshav (plural “moshavim”) –vila agrícola onde cada família tem direito a manter a sua própria casa e trabalhar em sua própria terra, enquanto a compra e comercialização são realizadas de forma cooperativa[2].

Produção agrícola

Frutas e legumes

Devido às enormes diferenças de tipos de solo e do clima em todo o país, Israel é capaz de cultivar uma grande variedade de produtos, mesmo com um território tão reduzido. A produção israelense inclui sorgo, trigo e milho.
As frutas e os legumes mais popularmente cultivados são os cítricos (abacaxi, laranja, limão e kiwi), bem como frutas típicas dos trópicos, como a goiaba, o abacate, a banana e a manga. Tomates, pepinos, pimentões e abobrinhas são cultivados em todo o país, enquanto os melões são colhidos durante os meses de inverno[3]. Israel é um dos líderes mundiais em produção de citrinos frescos, incluindo grapefruit, tangerinas e os “pomelit”, um híbrido de laranja e pomelo desenvolvido localmente. As regiões subtropicais do país produzem tâmaras, enquanto nas colinas do norte as maçãs, pêras e cerejas são plantadas. Além disso, os vinhedos são encontrados em todo o país, o que impulsiona a crescente indústria vinícola israelense ganha o mercado mundial[2].
Mais de quarenta tipos de frutas são cultivadas em Israel. Além das cítricas, e incluem ameixas, nectarinas, morangos, pêra espinhosa (tzabbar), caquis, nêsperas (shesek) e romãs. Israel é o segundo maior produtor de nêsperas do mundo.
Em 1997, a produção de algodão rendeu um lucro de 107 milhões de dólares. A cultura de algodão ocupa 28.570 hectares de terra, irrigadas por gotejamento.